24 abril 2012
23 abril 2012
17 abril 2012
"Precisamos de Homens de Deus" - A. W. Tozer
Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos.
(I Cor 16.13)
A
igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens,
homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo
movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas.
Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com
seu Espírito Santo.
A
igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da
alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte,
porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão
livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão
forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua
única compulsão virá do íntimo e do alto.
Esse
tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos
púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens
livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas
demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que
hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões
motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo
desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras,
jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem
permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou
pelo desejo por boa reputação.
Muito
do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não
fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas
pelo temor de não se envolverem em tais projetos.
Sempre
que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que
os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles
façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a
espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência
constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz
de Jeová.
A
verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se
atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e
avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste
apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os
seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e
perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de
estarem certos em um mundo errado.
Outra
característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem
livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o
mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo
Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou
abundantes lágrimas dos apóstolos.
O
homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer
senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de
segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes
debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a
proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus
seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre,
jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum
inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a
respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem;
caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas,
quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo
com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna
intercessão por eles.
Sim,
se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente
de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não
ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e
muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos
profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo,
assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar
libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.
E,
quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de
coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer
ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do
Espírito Santo...
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