28 dezembro 2013

"Como ser Cheio do Espírito Santo" - John Piper


Como beber o vinho de Deus?

Efésios 5.18 diz: “E não vos  embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.  Há, pelo menos, quatro efeitos de ser cheio do Espírito. Primeiramente, o  versículo 19 mostra que o efeito é musical: “...falando entre vós com salmos,  entoando e louvando de coração ao Senhor”. É evidente que a alegria em Cristo é  a característica peculiar de ser cheio do Espírito.
Mas não somente alegria. No versículo 20, encontramos a  gratidão: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso  Senhor Jesus Cristo”. Gratidão perpétua, gratidão por tudo resulta de ser cheio  do Espírito — e essa gratidão tem como alvo o vencer a murmuração, o  descontentamento, a autocompaixão, a amargura, o queixume, a carranca, a  depressão, a inquietação, o desânimo, a melancolia e o pessimismo!
 Mas os efeitos não são apenas alegria musical e gratidão por  tudo; há também a submissão de amor às necessidades uns dos outros —  “sujeitandovos uns aos outros no temor de Cristo”. Alegria, gratidão e amor  humilde — essas são algumas das marcas de ser cheio do Espírito.
 Poderíamos acrescentar um quarto efeito: ousadia no testemunho  cristão. Podemos ver isto com mais clareza em Atos 4.31: “Tendo eles orado,  tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e,  com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”. Nenhum crente deixará de ser  ousado e zeloso no testemunho, se o Espírito Santo estiver produzindo nele  alegria transbordante, gratidão perpétua e amor humilde. Oh! Como precisamos  ser cheios do Espírito! Procuremos esse enchimento! Busquemo-lo!
 No entanto, há uma pergunta crucial: como podemos buscá-lo?  Comecemos com a analogia mais próxima: “Não vos embriagueis com vinho... mas  enchei-vos do Espírito” (v. 18). Como você se embriaga com o vinho? Você o  bebe... em grande quantidade. Então, como ficaremos embriagados (cheios) com o  Espírito? Bebamos dEle! Bebamos em profusão. Paulo disse: “A todos nós foi dado  beber de um só Espírito” (1 Coríntios 12.13). Jesus disse: “Se alguém tem sede,  venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior  fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito” (João  7.37-39).
 Como podemos beber do Espírito Santo? Paulo disse: “Porque os  que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se  inclinam para o Espírito, [cogitam] das coisas do Espírito” (Romanos 8.5).  Bebemos do Espírito cogitando das coisas do Espírito. O que significa “cogitar”  das coisas do Espírito”? Colossenses 3.1-2 afirmam: “Buscai as coisas lá do  alto... Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra”. “Pensar”  significa “procurar, dirigir a atenção para, preocupar-se com”. Significa  “ser dedicado a” e “absorvido com”. Portanto, beber do Espírito significa  buscar as coisas do Espírito, dirigir a atenção às coisas do Espírito,  dedicar-se às coisas do Espírito.
 Quais são “as coisas do Espírito”? Quando Paulo disse: “Ora, o  homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus” (1 Coríntios  2.14), estava se referindo aos seus próprios ensinos inspirados pelo Espírito (1  Coríntios 2.13) — especialmente seus ensinos a respeito dos pensamentos, planos  e caminhos de Deus (1 Coríntios 2.8-10). Então, “as coisas do Espírito” são os  ensinos dos apóstolos a respeito de Deus. Jesus também disse: “As palavras que  eu vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6.63). Logo, os ensinos de  Jesus também são “as coisas do Espírito”.
 Portanto, beber do Espírito significa cogitar das coisas do  Espírito. E cogitar das coisas do Espírito significa dirigir nossa atenção aos  ensinos dos apóstolos a respeito de Deus e às palavras de Jesus. Se fizermos  isso por bastante tempo, ficaremos embriagados com o Espírito. De fato,  ficaremos viciados no Espírito. Em vez de dependência química,  desenvolveremos uma maravilhosa dependência do Espírito Santo.
 Mais uma coisa: o Espírito Santo não é como o vinho, porque Ele  é uma pessoa e livre para ir e vir aonde quer que deseje (João 3.8). Por isso,  temos de acrescentar Lucas 11.13. Jesus disse aos seus discípulos: “Ora, se  vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o  Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Se queremos ser  cheios do Espírito, temos de pedir isso ao nosso Pai celestial. E foi isso que  Paulo fez pelos crentes de Éfeso. Ele pediu ao Pai celestial que aqueles  crentes fossem “tomados [cheios] de toda a plenitude de Deus” (Efésios 3.19).  Beba do Espírito e ore. Beba do Espírito e ore. Beba do Espírito e ore.

21 novembro 2013

"VIVENDO POR ALGO MAIOR" Luciano Subirá

Nessa mensagem, o irmão Luciano Subirá fala acerca da importância de vivermos em função do que é eterno, não do que é terreno. Você será inspirado em sua devoção e serviço ao Senhor!

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." - 1 Coríntios 15:19

Avivamento - Paulo Junior

28 julho 2013

"De Onde Vem a Alegria?" - John Piper

O apóstolo Paulo era um homem extraordinário. Ele sabia como se regozijar quando as coisas iam bem. Mas, como o Senhor disse, mesmo os gentios se regozijam quando as coisas vão bem. Não há nada especialmente Cristão nisso. O que é extraordinário sobre Paulo é o quão inacreditavelmente duradoura era a alegria dele quando as coisas não estavam indo bem. Por exemplo: “Sinto-me grandemente confortado e transbordante de júbilo em toda a nossa tribulação” (2 Coríntios 7:4). Ou “Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós” (Colossenses 1:24)

De onde vinha isso? Primeiramente, isto foi ensinado por Jesus: “Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem... Regozijai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu” (Lucas 6:22-23). Passar por problemas por causa de Jesus traz juros compostos no céu – que dura muito mais do que a terra.

Em segundo lugar, isto vem do Espírito Santo, não de nosso próprio esforço, nossa imaginação ou da forma que fomos criados. “O fruto do Espírito é... alegria” (Gálatas 5:22). “...tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (1 Tessalonicences 1:6).

Em terceiro lugar, esta alegria vem por pertencermos ao reino de Deus. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” ( Romanos 14:17).

Quarto, vem pela fé, isto é, o acreditar em Deus. “E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer” (Romanos 15:13). “E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé” (Filipenses 1:25).

Quinto, vem de ver e saber que Jesus é o Senhor. “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Filipenses 4:4)

Sexto, vem de amigos cristãos que trabalham duro para nos ajudar a focar nessas fontes de alegria ao invés de nas circunstâncias enganadoras. “Somos cooperadores de vossa alegria” (2 Coríntios 1:24)
Sétimo, isto vem do efeito santificador das tribulações. “Também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Romanos 5:3-4). “Tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tiago 1:2-4).

Se ainda não somos como Paulo, ele nos chama a sermos. “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Coríntios 11:1). E para a maioria de nós, isto é um chamado para orarmos seriamente. É uma vida sobrenatural.

Aprendendo a alegria do tipo paulina,

John Piper

04 março 2013

"Como posso saber se sou chamado para o Ministério Pastoral?" - Kevin DeYoung


Já me perguntaram isso muitas vezes, e não tenho certeza se concordo com ela. Essa questão muitas vezes assume que o pastor, única entre todas as vocações do mundo, vai (e às vezes deve) ter um chamado poderoso, divino e subjetivo para o ministério, que sem sombra de dúvida o apontará para a direção ordenada por Deus. Eu não vejo apoio para esse tipo de experiência normativa nas Escrituras.

Mas eu entendo o que os jovens estão procurando. Eles entendem que o ministério pastoral é um trabalho pesado, que não deve ser assumido levianamente. Então, naturalmente, eles querem saber se as suas inclinações não visam o benefício próprio e se sua direção não é uma incumbência de tolo. Eles estão à procura de uma sinalização ao longo do caminho para mostrar-lhes que não estão, obviamente, no caminho errado. Isso é um impulso louvável.

Eis algumas perguntas que você deve perguntar a si mesmo enquanto considera o chamado para o ministério pastoral.

1. Eu preencho as qualificações estabelecidas em 1 Timóteo 3 e Tito 1? Esse é o lugar para começar. Se o seu caráter não é maduro, estável e (de forma não perfeccionista) exemplar, então você não está pronto para ser um pastor. Isso não significa necessariamente que você está no caminho errado, se você ainda não tem vitória sobre certos pecados (como pornografia), mas significa que você não estará pronto até preencher os padrões bíblicos.

2. Os cristãos que me conhecem melhor reconhecem consistentemente meus dons para o ministério? A chamada mais importante é a chamada objetiva de sua igreja encorajando-o a prosseguir o ministério pastoral.

3. Gosto de ensinar a todos os tipos de pessoas em todos os tipos de situações? A maioria das pessoas que pensam no ministério pastoral está animada para pregar. Eu quero saber se eles estão animados para pregar em uma missão e animado para ensinar o catecismo a crianças de cinco anos.

4. Eu me sinto tocado por uma pregação boa? Se um homem é chamado para pregar o evangelho, ele deve ficar animado ao ouvi-lo sendo pregado. O conteúdo deve movê-lo e ele deve se pegar pensando “Ah, se eu pudesse proclamar essa boa notícia”.

5. Eu me sinto inquieto por uma pregação ruim? O último ponto foi óbvio. Este é menos, mas tão importante quanto. Eu acho que algo deveria queimar em um homem quando ele ouve a palavra de Deus sendo tratada de forma inapropriada.

6. Você gosta de estar perto de pessoas? Alguns pastores são extrovertidos; muitos outros não são. Eu sou uma espécie de meio-termo. Estou ansioso para estar com as pessoas mais do que alguns pastores que conheço, mas não tanto quanto muitos homens que admiro. Mas qualquer que seja a sua personalidade, você não será um bom pastor se não gosta de pessoas e as repele tanto quanto possível.

7. Eu faço amigos com facilidade? Este é um teste subjetivo (como muitas dessas questões), mas a falta de amizades significativas não é um bom sinal. Pode ser uma indicação de que você é muito ríspido, muito solitário, ou, francamente, muito estranho para ser eficaz no ministério pastoral.

8. Eu gosto de ler? Felizmente não há um Coeficiente de Rendimento ou Índice de Rendimento Acadêmico para o ministério pastoral. Mas mesmo assim, se queremos ser “aptos para ensinar”, devemos estar ansiosos para aprendermos. A pregação se torna superficial e o ministério, rançoso sem tempo no Livro e nos livros.

9. Já pensei em fazer isso por mais de alguns meses? Muitas vezes, quando os alunos ou adultos vêm a Cristo, eles rapidamente assumem que, por serem zelosos pelo Senhor, devem ir ao seminário e se prepararem para o ministério. Isso geralmente é um equívoco, às vezes por causa do orgulho e, por vezes, devido ao zelo equivocado. Há uma razão pela qual a Bíblia insiste em dizer que os líderes da igreja não devem ser neófitos.

10. Eu ainda quero ser um pastor se eu nunca escrever um livro, nunca falar em uma conferência e nunca ter uma igreja grande? Nossa paixão deve ser alimentar o rebanho, não o nosso ego.

"Quais são os nossos ídolos?" - Mike Anderson


 "Ídolos são espertos. Eles entram de mansinho em nossos cérebros, se acomodam em um cantinho do nosso coração, e começam a crescer. Na maior parte do tempo, nós nem os percebemos, porque nos apaixonamos pelo ídolo—que se tornou parte do que (temporariamente) nos dá motivo e alegria de viver.

Recentemente, Jared Wilson blogou 11 perguntas que David Powlison usa para detectar os ídolos das pessoas. Eu as enviei a todos que conheço, porque quero ajudar a construir uma cultura que faz perguntas profundas ao coração, aplicando o Evangelho à vida, e que busca a Cristo em unidade.

AS PERGUNTAS SÃO:

1 – O que mais me preocupa?

2 – O que, se eu fracassasse ou perdesse, me faria sentir que nem quero mais viver?

3 – O que eu uso para me consolar quando as coisas ficam pesadas ou difíceis?

4 – O que eu faço para lidar com momentos de pressão? Quais são minhas válvulas de escape? O que eu faço para me sentir melhor?

5 – O que me preocupa? Com o que eu sonho acordado?

6 – O que me faz sentir importante? Ou, de que tenho mais orgulho? Ou, pelo que quero ser conhecido?

7 – Que direção eu tomo nas conversas?

8 – Logo de cara, o que eu mais quero que as pessoas saibam sobre mim?

9 – Que oração, se não fosse respondida, me faria seriamente querer me afastar de Deus?

10 – O que eu realmente quero e espero da vida? O que realmente me faria feliz?

11 – Qual é minha esperança para o futuro?"

Mike Anderson