27 dezembro 2012

MISSIONÁRIOS MORAVIANOS - "APAIXONADOS POR CRISTO"



John Leonard Dober e David Nitschman são nomes que você talvez não reconheça imediatamente. John era artesão e David um carpinteiro. Ocupações comuns para homens extraordinários. Ambos eram pastores da igreja reformista da Morávia (hoje República Tcheca), a Igreja Moraviana. John Leonard Dober e David Nitschman são heróis esquecidos. Bem, quase esquecidos. Suas palavras finais antes de partir em sua missão são a letra de uma linda música recente de Cindy Ruakere; “Receive” (Que o Cordeiro Receba).

Dober e Nitschman se venderam como escravos para responder ao chamado de ministrar o Evangelho. Conheça a história de John Leonard Dober e David Nitschman.

Eles eram da Igreja cristã Moraviana, o primeiro movimento cristão reformista carismático fundado em 1457 na região da Boêmia, que hoje é a República Tcheca e que se originou da pregação de Jan Hus.

Jan Hus e o cisne que não será queimado

Jan Hus era um padre e pensador tcheco, professor universitário de artes e teologia, e reitor da Universidade de Praga. Hus iniciou um movimento reformista cristão baseado nas ideias de John Wycliffe. Por suas idéias, Hus foi preso e queimado vivo na cidade de Constança (Konstanz, Alemanha) em 6 de julho de 1415.

A tradição conta que Hus mencionou a seguinte frase aos seus executores, antes de ser queimado: “Vocês estão hoje queimando um ganso (Hus significa “ganso” em tcheco) mas em um século, vocês encontrarão um cisne. E esse cisne vocês não conseguirão queimar”.


Esse cisne foi o cristão alemão Martinho Lutero, que 102 anos depois de Hus publicou suas 95 teses em Wittemberg. O próprio Lutero escreveu o prefácio do livro de Jan Hus “Cartas de Jan Hus Escritas Durante seu Exílio e Prisão”. Veja o prefácio desse livro aqui, em sua tradução inglesa do ano de 1846. É por causa dessa frase de Jan Hus que o símbolo de Lutero é um cisne.

Escravos por Deus

De volta aos missionários da Igreja Moraviana: John Leonard Dober e David Nitschman ambos nasceram na Morávia que hoje é parte da República Tcheca. David nasceu em 18 de Dezembro de 1695 na cidade de Suchdol nad Odrou. Tanto David quanto John Leonard sentiram a necessidade de levar a palavra de Deus a outros continentes.

A nacionalidade do rebanho pouco importa para Cristo! Mas para fins históricos, fica o registro de que Dober e Nitschmann eram tchecos e não alemães. É que entre 1520 e 1918, o reino tcheco estava ocupado pelos austríacos, de fala alemã. Portando a igreja Moraviana criada no reino tcheco, fruto da obra de Jan Hus, estava em território austríaco. Quando os missionários moravianos sairam pelo mundo, eram considerados austríacos. E como falavam alemão (bem mais fácil de entender do que o tcheco materno!) então…todo mundo pensava que eram austríacos ou alemães. Mas o próprio nome de sua comunidade, moravianos, mostra claramente que se tratava de tchecos. Depois, com o tempo, muitos de outras nacionalidades se juntaram aos moravianos na luta por Cristo. Independente de onde nasceram, que Deus os abençoe!

David Nitschmann e John Leonard escreveram a um fazendeiro britânico, que também era governador das Ilhas Virgens Britânicas (no Caribe), e pediram sua permissão para evangelizar os escravos negros que trabalhavam em suas terras. Esse fazendeiro era ateu e respondeu a John e David: “Jamais permitirei qualquer pregação religiosa em minhas terras”.

David and John então propuseram ao fazendeiro que eles queriam se vender como escravos para ele. Se ele aceitasse, que então comprasse os dois. O senhor de terras aceitou. Com o dinheiro pago pela venda de sua liberdade, David e John Leonard compraram as passagens de navio até as Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe.

Que o Cordeiro que foi morto receba a recompensa por seu sofrimento!

Eles deixaram a segurança de suas casas e famílias e embarcaram no porto de Copenhague para se tornarem os dois primeiros missionários da Igreja Moraviana em 1732.

Quando o navio partia do cais, a esposa e filhos de David Nitschmann imploraram no porto para que eles desistissem, e ficassem em casa. Mas o chamado e o coração de Deus para esses agora escravos nas Índias Ocidentais (Caribe) foi ainda maior que o chamado de casa. Enquanto o navio saía das docas os dois gritaram do navio: “Que o Cordeiro que foi morto receba a recompensa por Seu sofrimento.”

Esse grito se tornou o lema do movimento das missões da Igreja Moraviana. Os dois sentiram que seu sacrifício era minúsculo em comparação ao sacrifício de seu Salvador. Eles amavam Jesus com tudo o que podiam, e queriam andar em obediência, sabendo que o Deus que lhes chamava é o Deus que dá coragem, graça e a benção para a tarefa. Eles experimentaram e modelaram a verdade expressa por Paulo em Filipenses 4:13 “Eu posso fazer tudo através de Cristo, que me dá forças.”

Esses dois homens criaram um movimento missionário, não com conversas vazias, mas ao viver segundo a mensagem do Cristo.

Eles viveram o “Vá e evangelize”, ordem principal de Jesus para todos nós seus seguidores. John Leonard Dober e David Nitschman inspiraram sua geração e as gerações futuras a dar suas vidas pelo Cordeiro.

Como se descobriu, nenhum dos dois teve de se vender à escravidão. O inglês Governador da ilha não permitiu isso. Sua atitude com os escravos negros era tal que ele jamais permitiria um branco ser escravizado junto dos discriminados negros. Os missionários chegaram em Saint Thomas, capital das Ilhas Virgens Britânicas, em dezembro de 1732.

Primeiro David Nitschmann sustentou os dois trabalhando como carpinteiro, mas ele só viveu em Saint Thomas por quatro meses e depois partiu para a América do Norte. Dober tentou viver com o artesanato, mas não havia barro bom para fabricar vasilhames. Ele conseguiu, no entanto, um trabalho como gerente da mansão do Governador, e depois como vigia, o que o permitiu viver junto dos escravos para evangelizá-los.

Em 1734, um grupo de 18 missionários chegou para ajudar e divulgar o trabalho missionário nas ilhas vizinhas de Santa Cruz, São João e outras.

Não foram férias no Caribe

Hoje o Caribe é um destino turístico famoso e com muita infraestrutura. Na época dos missionários da Igreja Moraviana David Nitschman e John Leonard Dober as condições de vida eram difíceis, e muitos deles morreram.

De fato, missionários Morávios partindo da Europa para missões no Caribe sempre levavam duas coisas com eles: uma Bíblia, e sua própria lápide mortuária para seu enterro. Isso por que não há pedras nessa ilha do Caribe. E os missionários sabiam que a maioria deles jamais voltaria para casa com vida devido às duras condições de vida. Ainda assim, os missionários morávios foram em grande número! Que exemplo de dedicação ao trabalho de Deus!

Dober eventualmente voltou à Europa como parte da chefia administrativa da Igreja Moraviana. Nitschmann retornou à Hernhutt, na Alemanha, para a felicidade de sua esposa e filhos.

A Igreja Moraviana e a Igreja Metodista

Em 13 de março de 1735 David Nitschmann foi ordenado bispo da Igreja Moraviana, e liderou um grupo de Morávios para fundar uma colônia na América do Norte, no que hoje é o estado da Geórgia (EUA).

E aqui conto uma parte interessante da história: Durante a viagem do grupo de morávios, o navio encontrou um furacão (5 de fevereiro de 1736). Como você pode imaginar, houve pânico a bordo, exceto entre o grupo de missionários da Igreja Moraviana liderado por Nitschmann. Ao invés de entrar em pânico, eles cantaram hinos de louvor a Deus e mantiveram a calma.

Um dos passageiros que não fazia parte do grupo de missionários Morávios (era de fé Anglicana) ficou muito impressionado com essa demonstração de fé. Chegando em terra, ele decidiu acompanhar a viagem dos Morávios, e depois voltou para a Europa e estudou com eles na Inglaterra.

Em 28 de fevereiro de 1736 David Nitschmann ordenou Anthony Seifferth como o primeiro bispo protestante na história dos Estados Unidos.

Aquele passageiro do navio, o anglicano, estava lá durante a cerimônia de ordenação do bispo protestante Anthony Seifferth e ficou tão impressionado com a simplicidade e solenidade da ocasião que ele imaginou estar em uma das assembleias presididas pelos apóstolos de Cristo.

Esse anglicano e amigo dos missionários da Igreja Moraviana era ninguém menos que John Wesley, que depois fundou a Igreja Metodista.

O bispo e missionário morávio David Nitschmann fundou a cidade de Belém (Bethlehem), na Pensilvânia (EUA) em 1741. Ele foi ao encontro do Senhor no dia 5 de outubro de 1772.

O movimento missionário da Igreja Moraviana é considerado por muitos como o primeiro e mais dramático movimento missionário protestante da história.

No desenho histórico acima, vemos o momento do culto onde os reformistas moravianos se prostravam perante Deus.

Centenas de cristãos da Igreja Moraviana foram até os confins do mundo em muitos continentes, muitas vezes levando suas roupas e pertences dentro de caixões em vez de malas, por que eles sabiam que nunca voltariam com vida para suas casas.

A grande maioria dos missionários da Igreja Moraviana morreu de doenças tropicais. Mas eles foram as sementes plantadas na terra, para que outros cuidassem e para que Deus colhesse a boa colheita.

O trabalho dos Morávios John Leonard Dober e David Nitschmann deu muitos frutos. Seu campo de trabalho nas Ilhas Virgens britânicas no Caribe hoje é conhecido como a Província das Índias Ocidentais do Leste.

Há 52 congregações morávias progredindo hoje em dia. A Igreja Moraviana se chama oficialmente “Unitas Fratrum” (Irmandade Unida) está estabelecida e organizada nas seguintes regiões/países:

Alasca
América (do Norte): o Canadá e os Estados do norte do E.U.A.
América (do Sul): Estados do sul do E.U.A.
Ilhas Britânicas: Inglaterra e Irlanda do Norte; pequeno número de seguidores em Dublin, na República da Irlanda
Congo
Costa Rica
República Checa
Ocidentais: Trinidade e Tobago, Barbados, Antigua, St. Kitts, e as Ilhas Virgens incluindo St. Croix, St. John, St. Thomas e Tortola.
Europa continental: Alemanha, Holanda, Dinamarca, Suécia, Suíça
Guiana
Honduras
Jamaica
Labrador
Nicarágua
África do Sul
Suriname
Tanzânia (Rukwa)
Tanzânia (Sul)
Tanzânia (Sudoeste)
Tanzânia (Ocidental)
Zâmbia

“Que o Cordeiro receba a recompensa por Seu sofrimento!”, já diziam David Nitschmann e John Leonard Dobe! E quando você hoje canta a música “Que o Cordeiro receba” em sua congregação, você agora sabe como tudo começou.

18 dezembro 2012

Jeremy Riddle - "Our Father" (Bethel Church)



"Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" - Mateus 6:9-10
 

17 dezembro 2012

"A Maior Salvação Imaginável" - Boas Novas de Grande Alegria -- John Piper


“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” — João 10:10

Deus é justo, santo e separado de pecadores como nós. Este é nosso principal problema no Natal e em qualquer outra época do ano. Como nos reconciliaremos com um Deus justo e santo?

Ainda assim, Deus prometeu em Jeremias 31 (quinhentos anos antes de Cristo) que um dia ele faria algo novo. Ele substituiria as sombras pela Realidade do Messias. E ele poderosamente se moveria para dentro de nossas vidas e escreveria sua vontade em nossos corações para que não fôssemos constrangidos pelo exterior, mas dispostos do interior a amá-lo, confiar nele, e segui-lo.

Essa seria a maior salvação imaginável — se Deus nos oferecesse a maior Realidade no universo para desfrutar e então mover-se em nós para que pudéssemos vê-la de maneira que pudéssemos desfrutá-la com a maior liberdade e alegria possíveis. Esse seria um presente de Natal digno de ser cantado.

Isso é, de fato, o que ele prometeu. Mas havia um enorme obstáculo. Nosso pecado. Nossa separação de Deus por causa de nossa injustiça.

Como um Deus santo e justo tratará a nós pecadores com tal bondade a ponto de nos dar a maior Realidade do universo (seu Filho) para nos deleitarmos com a maior alegria possível?
A resposta é que Deus colocou nossos pecados em seu Filho, e os julgou lá, para que ele pudesse tirá-los de sua mente e lidar conosco misericordiosamente e permanecer justo e santo ao mesmo tempo. Hebreus 9:28 diz que “Cristo foi oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos.”

Cristo suportou nossos pecados em seu próprio corpo quando morreu. Ele tomou nosso julgamento. Ele cancelou nossa culpa. E isso significa que nossos pecados se foram. Eles não permanecem na mente de Deus como base para condenação. Nesse sentido, ele os “esquece”. Eles são consumidos na morte de Cristo.

O que significa que Deus está agora livre, em sua justiça, para nos cobrir com a nova aliança. Ele nos dá Cristo, a maior Realidade do universo, para nossa satisfação. E ele escreve sua própria vontade — seu próprio coração — em nossos corações para que possamos amar a Cristo, confiar em Cristo e seguir a Cristo de dentro para fora, com liberdade e alegria.

22 outubro 2012

John Piper - Não Desperdice Sua Vida -- "A Realidade de Deus e a Centralidade de Cristo"

John Piper - "Não Desperdice Sua Vida" (A Realidade de Deus e o Poder do Amor)

Paul Washer - O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhec...

"Você valoriza o conhecimento de Deus?" - Paul David Washer




"Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR." - Jeremias 9:23-24

"O que você tem valorizado? Ou melhor, o que suas atitudes têm mostrado o que é precioso para você? O que você busca no seu dia a dia? O que você não pode ficar sem? Deus, falando através do profeta Jeremias, afirma que o mais importante é conhecê-lo e não ser sábio, rico ou forte.

É notável como este texto toca em pontos tão importantes para nossa sociedade: inteligência, riqueza e beleza. Não é verdade que uma das primeiras coisas que falamos ao nos apresentarmos é a nossa profissão e daí já determinamos se a pessoa é uma “pessoa de sucesso”? As revistas não estampam a Miss Universo, o ator galã como o ideal de sucesso? Ou o ganhador do prêmio Nobel? Ou o empresário milionário?

Mas o que Deus valoriza? Deus valoriza o homem que busca conhecê-Lo! Não é verdade como buscamos tantas outras coisas e colocamos tantas outras prioridades na frente disso? A evidência está em como programamos o nosso dia! Se você pegasse seu último ano de vida e perguntasse “o que busquei neste tempo”, qual seria a resposta? Será que você tem valorizado aquilo que Deus não valoriza?

Todos precisamos nos arrepender por isso. Mas a boa notícia é que há Um que sempre valorizou a Deus sobre todas as coisas: Jesus Cristo. Através dele, podemos ser perdoados de nossa desvalorização de Deus – sim, menosprezar a glória de Deus é um pecado – e, através dele, pela ação do Espírito, podemos crescer a cada dia na fé para amarmos aquilo que Deus ama e odiar aquilo que Deus odeia.

Sendo assim, que mudanças você precisa fazer em seu planejamento diário para colocar em primeiro lugar o que realmente merece estar lá: Deus?" 

Paul David Washer

Não Há Conhecimento de Deus na Terra - Paul Washer

A Importância de Conhecer os Atributos de Deus - Paul Washer

04 setembro 2012

Cristo, a Videira Verdadeira - Paul Washer

Paul Washer prega em João 15, mostrando a centralidade de Cristo e expondo alguns enganos e falsificações no Cristianismo atual, que resultam no vazio e na aridez espiritual.

19 agosto 2012

Temos de Ter Novamente uma Liderança Espiritual - A. W. Tozer




Temos de Ter Novamente uma Liderança Espiritual
A. W. Tozer

Alguém escreveu ao piedoso Macário, de Optino, que o conselho espiritual que ele dera tinha sido de muita ajuda. "Isso não é verdade" - Macário escreveu em resposta. - “Somente as falhas são minhas. Todo bom conselho foi o Espírito Santo que deu; eu apenas pude captá-lo de forma correta e passei-o adiante sem distorcê-lo”.

Há uma excelente lição aqui que não podemos deixar passar desapercebida. É a afável humildade daquele homem de Deus. "Somente as falhas são minhas." Ele estava totalmente convencido de que os seus próprios esforços dariam como resultado apenas falhas, e de que toda boa coisa que proviera do seu conselho era uma obra do Espírito operando nele. Aparentemente isso foi mais do que um simples impulso de autodepreciação, que o mais orgulhoso dos homens toma de vez em quando. O que aconteceu foi, antes, uma convicção firme que ele tinha, uma convicção que norteava toda a sua vida. Seu longo ministério, desenvolvido com humildade, que contribuiu para a vida espiritual de multidões, revela isso com clareza mais do que suficiente.

Nos dias de hoje, em que "figurões" que se projetam por aí levam a obra de Deus segundo os métodos do mundo dos espetáculos, como é bom trazermos, mesmo que por um momento, às páginas de um livro, um homem sincero e humilde que não procura projetar-se diante dos outros e que coloca toda ênfase na obra que Deus nele tinha realizado. Creio que o movimento evangélico prosseguirá em seu desvio, cada vez mais, da posição neotestamentária, até que a sua liderança abandone a postura das estrelas espirituais dos dias de hoje, tornando-se santos que a si mesmos se diminuam, e que não estejam buscando louvor algum nem posição nenhuma, e que se satisfaçam tão somente quando toda a glória é atribuída a Deus, sendo eles mesmos totalmente esquecidos.

Até que apareçam de novo homens desse quilate para assumir a liderança espiritual da igreja, a nossa expectativa será a de uma progressiva deterioração na qualidade do cristianismo das pessoas em geral, até que alcancemos o ponto em que o Espírito Santo, entristecido, retire-se tal como a glória de Deus retirou-se do templo, e assim fiquemos como Jerusalém depois da crucificação: desertada por Deus e só. Apesar de todo esforço feito para distorcer a doutrina para provar que o Espírito não abandonará os homens religiosos, pelo que temos visto está claro que às vezes o Espírito age dessa forma. No passado ele abandonou grupos que tinham ultrapassado o ponto de retorno para se recuperarem.

É uma questão ainda não definida essa a de ter, ou não, o movimento evangélico pecado  demasiadamente e ter se afastado de Deus além do ponto de uma volta para a sanidade espiritual. Pessoalmente creio não ser tarde demais para que haja arrependimento, se apenas os assim chamados cristãos de hoje repudiarem toda má liderança e buscarem a Deus de novo em verdadeiro arrependimento e com lágrimas. O "se" desta frase é que é o grande problema: será que eles agirão dessa forma? Ou será que eles se encontram totalmente satisfeitos, brincando de ser cristãos, e nem se dão conta do seu triste desvio em relação à fé do Novo Testamento? Se isso é verdade, então nada nos resta a não ser o juízo de Deus.

O que o diabo constantemente faz é valer-se de coisas que chamam muito a atenção, mas que não têm valor algum. Ele sabe muito bem como desviar a atenção do intercessor cristão dos ataques sutis, porém mortais, que ele faz, de forma a que se dediquem a questões mais óbvias e menos danosas. Então, quando os soldados do Senhor reúnem-se, animados, diante duma porta, ele entra por outra, sem ser notado. E quando os "santos" perdem o interesse pela coisa com que o diabo lhes atraía a atenção, então eles voltam e encontram o recém-batizado e devoto inimigo conduzindo os acontecimentos. A tal ponto deixaram de reconhecê-lo que logo adotam seus modos de agir e o chamam de progresso.

 Nos últimos vinte e cinco anos temos visto realmente uma mudança muito grande nas crenças e nas práticas da igreja evangélica, algo tão radical e inusitado que quase não dá para crer, e tudo tem acontecido de maneira acobertada por uma ardente ortodoxia. Com uma Bíblia debaixo do braço e um pacote de folhetos no bolso, as pessoas religiosas agora se reúnem para prestar "cultos" tão carnais, tão pagãos, que mal se diferenciam dos velhos espetáculos de vaudeville de outros tempos. E quando um pregador ou um editor se dispõe a denunciar essa heresia, o que ele está fazendo é dar margem para ser ridicularizado e insultado de todo lados. 

Nossa única esperança é que uma renovada pressão espiritual venha a ser exercida de forma crescente por homens corajosos e despretensiosos que nada desejem a não ser a glória de Deus e a purificação da igreja. Que Deus nos envie homens assim, em grande quantidade. Eles já estão atrasados.

13 agosto 2012

"Princípio de adoração: vidas desprendidas desta vida!" - Juarez I. S. Júnior



“Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás.” - Mateus 4:10

No grego do Novo Testamento, o verbo utilizado para adorar é PROSKYNÊO, que significa, além de adorar, beijar. PROSKYNÊO vem de PRÓSOPON = rosto, face, cara; PRÓSOPON vem de PRÓ+OPS= entre os olhos, fronte. Logo, adorar significa beijar a Face de Deus entre Seus olhos. 

Êxodo 33:18-23 relata um 

dos diálogos que mexem com as minhas entranhas, Moisés clama que o Senhor mostre sua glória e a resposta de Deus para ele, foi: "Sim, te mostrarei a minha glória, porém, minha face não verás, pois certamente o homem que ver a minha face, morrerá" (paráfrase)... Como base nesse texto e como o entendimento do que significa "adoração", podemos afirmar que o principio da verdadeira adoração é: Um coração rendido, que não se importa com mais nada, disposto até mesmo a morrer, desde que possa encontrar a Deus e beija-lo entre os olhos!

O Apóstolo Paulo entendeu isso ao dizer que tinha o viver Cristo e a morte por ganho (Filipenses 1:21) e também ao considerar todas as coisas por perda, para conhecer a Cristo (Filipenses 3:7-11). No exemplo de Paulo, em uma maneira bem simples, podemos entender então que adoração não se tratar apenas de cantar canções, mas sim, novamente repito, uma vida rendida a Cristo de tal maneira, que nada mais importa, a não ser conhecer a Ele, ser conformado a Ele. Uma vida que o adore, uma vida que é dEle, nEle, por Ele e para Ele!

Trata-se do coração! Por toda a bíblia vemos Deus rejeitando a adoração, o sacrifício, a circuncisão do seu povo, porque era algo apenas da carne, algo apenas externo, mas o coração estava corrompido. No Salmos 24 diz exatamente como será a geração que adora de verdade: "Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? AQUELE QUE É LIMPO DE MÃOS E PURO DE CORAÇÃO; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente... ...Tal é a geração daqueles que o buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó." - Salmos 24:3-4 e 6 - lembrando ainda de Mateus 5:8 - "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus."

Deus receberá adoração dos que são puros de coração, que se santificaram na verdade da Palavra de Deus (João 17:17), dos que sem exitar buscam a face de Deus, cientes de que o encontro com Ele resultará em nossa morte! Homens que querem viver, jamais adorarão em verdade. Homens que amam essa terra e essa vida, jamais adorarão em verdade!

Não se pode beijar alguém a distancia, não se pode beijar o rosto de Deus se os seus olhos estão voltados para outras coisas e não para a face dEle! Não se pode beijar a Deus de costa para Ele!

Princípio de adoração: vidas desprendidas desta vida!

Não busque as mãos que abençoam, busque a face, busque os olhos que consomem como fogo!

O olhos de Deus são como chamas de fogo (Apocalipse 1:14), que sejamos adoradores incendiados por esse fogo!

Amém!

15 julho 2012

Paul David Washer: "A Depravação Total do Homem"



    "Quando eu olho para o livro de Romanos, que é um dos meus livros preferidos da Bíblia, ele não é uma teologia sistemática, mas se você pudesse dizer que qualquer livro da Bíblia foi uma teologia sistemática o livro de Romanos seria o mais próximo. Não é surpreendente que Paulo gasta os três primeiros capítulos do livro procurando fazer uma coisa? Levar todos os homens à condenação. Levar todos os homens à condenação.

    Mas não é que a condenação seja seu grande bem supremo de sua teologia. Não é o seu fim ou o seu objetivo final. É um meio para trazer salvação para seus leitores, porque os homens têm que ser levados ao conhecimento de si próprios, antes de entregar a si próprios a Deus. Hoje, os homens são feitos de tal modo decaídos que você tem que cortar deles absolutamente toda esperança na carne antes que eles possam ser levados a Deus. Isto é importante em tudo, mas é especialmente importante no evangelismo. [...]

    Quando você se recusa a ensinar sobre a depravação radical dos homens, é impossível que você glorifique a Deus, seu Cristo e a sua cruz, porque a cruz de Jesus Cristo e a glória deste é mais magnificada quando é colocada sobre o pano de fundo de nossa depravação.

    Ela muito amou, porque foi muito perdoada. E ela sabia o quanto ela tinha sido perdoada, porque ela sabia quão depravada ela era."
- Paul David Washer

26 junho 2012

Transformados para transformar!


"Não há verdade sem amor nem tampouco amor sem verdade, as duas coisas caminham sempre juntas!"

Alguns dizem lutar pela verdade, mas estão excluindo a verdade em sua própria luta por ela. E na tentativa de se justificar, dizem que por amor a Deus, agridem o homem, se esquecendo que "Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão." - 1 João 4:20-21; e que também Jesus, o Cristo, nos disse que aquele que o ama, é aquele que tem seus mandamentos e os guarda, e que isso, guarda os seus mandamentos, é o pré-requisito para que Ele se manifeste ao homem (João 14:21 e 24). Como pois então, poderemos manifestar a Cristo aos outros sem Ele ter se manifestado a nós? E se de fato Ele se manifestou a nós, como então pregamos a Cristo com ódio, amargura e toda sorte de dores da carne?
Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.
1 João 4:20-21
Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.
1 João 4:20-21
Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.
1 João 4:20-21

Muita verdade pregada hoje tem se tornado em mentira, por causa da motivação errada no coração do homem! Há muitos pregadores (Pastores, líderes e afins) com ódio, amargura, feridas do passado, sentimento de rejeição, toda sorte de dores da carne e sofrimentos, e o resultado é uma pregação sem amor e que tem condenado a muitos ao invés de salvar!

Eu mesmo, muitas vezes preguei verdades de maneira errada e algumas vezes gerei dano ao invés de libertação! Me arrependo grandemente!

Há uma grande necessidade de que todo aquele que queira pregar o evangelho, busque antes ser tratado pelo Senhor, busque a cura de suas feridas, pois somente uma pessoa curada poderá levar cura para os demais! Homens orgulhosos tem gerado filhos orgulhosos! É necessário que todo homem cresça, amadureça para que então saia para pregar. É necessário que todo homem experimente o Evangelho e esteja envolvido com Ele de tal maneira que já não possa mais fazer uma separação do Evangelho e suas entranhas, para que então esse homem possa ensinar a outros esse mesmo Envangelho! Não basta apenas conhecer alguns textos, fazer um apanhado de textos - que não são verdade em sua vida - e montar uma pregação. É necessário que as escrituras seja verdade na vida de todo homem envolvido com ensino da Palavra (na verdade deveria ser verdade na vida de todo cristão).

Leonard Ravenhill disse que: “a maior vergonha dos nossos dias é que a santidade que pregamos é anulada pela impiedade do nosso viver”. -
Que nossas pregações não sejam mais anuladas pela nossa maneira ímpia de viver.

Mas devo te advertir que "De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos." - 2 Timóteo 3:12

Entenda que é um privilégio para o homem pregar o Evangelho de Cristo e poder através de sua vida revelar a Cristo a todo aquele que não o conhece ou seja pregamos não por nossas próprias motivações, frustrações e/ou dores, mas tendo conhecido a Cristo, em verdade, ser transformado por Ele e se tornando em sua imagem e semelhança (pois para isso somos PRÉ-destinados - Romanos 8:29) revelemos a Cristo através de nossas vidas para que a criação seja liberta.

Todo homem antes de ser chamado a pregar é chamado a andar nos mesmo passos de Jesus (Viver como Ele viveu, andar como Ele andou para então pregar como Ele pregou) e se o mesmo não anda como Ele andou nele não há verdade (1Pedro 2:21 e 1João 2:3-6), ou seja, não se poder lutar pela verdade sem ser imagem e semelhança de Cristo Jesus!

Busquemos pois então, a Cristo e nos conformemos a Ele em todas as coisas, preguemos para a glória dEle, mas principalmente vivamos de maneira tal, que em todas as coisas nossas vidas o glorifique!


Juarez I. S. Júnior

12 junho 2012

"O Evangelho de Jesus Cristo" - David Wilkerson

Qual é o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo? Até a maioria dos não-crentes sabe que a Bíblia contém o relato de quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João. Então, qual é a essência destes evangelhos, ou as "boas novas"? Quando os cristãos falam do evangelho de Jesus Cristo, do quê estamos falando?

As escrituras nos dão várias definições quanto a o quê é esse evangelho. E devemos usar essas definições bíblicas para determinar se o verdadeiro evangelho de Cristo está vivo na Sua igreja. Vejamos:

1. Jesus diz que a Sua igreja é uma igreja de autonegação e de cruz.

O Senhor disse a Pedro: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mateus 16:24).

É claro, pertencer à igreja de Jesus significa mais do que meramente crer nEle. Muitos cristãos nos dias de hoje simplesmente "apóiam Jesus". Sua atitude é, "Eu votei em Cristo. Isso faz com que eu seja um membro do partido dEle". Mas assim que votam, se afastam e esquecem tudo que é relacionado ao Seu senhorio sobre suas vidas.

Jesus diz que pertencer à Sua igreja é muito mais do que isso. Quer dizer compromisso de segui-Lo. E isso envolve viver uma vida de autonegação e tomar a cruz. "Quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim" (Mateus 10:38).

O nosso Senhor deixa claro: "Se você está na minha igreja, então fique preparado para sofrer e ser perseguido por sua fé em Mim. Fique preparado para negar a fama, a aceitação e a procura dos prazeres do mundo. As pessoas vão te pregar numa cruz de ridicularização, numa cruz de condescendência, numa cruz de alienação. E vão fazer isso porque você tem fome e sede de Mim. Se você pertencer à minha igreja, uma cruz certamente se seguirá".

O fato é o seguinte: a igreja de Cristo nunca foi aprovada ou aceita pelo mundo. E nunca será. Se você viver para Jesus, não terá de se separar da companhia dos outros, eles o farão por você. Tudo que terá de fazer é viver para Ele. De repente, você se verá acusado, rejeitado, chamado de indigno. Verá os homens "vos odiarem e...vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do homem" (Lucas 6:22).

Mas, Jesus acrescenta, esse é a rota que leva ao preenchimento real. "Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa acha-la-á" (Mateus 16:25). Em outras palavras, "A única maneira de se encontrar significado na vida é fazer a entrega total do seu tudo para Mim. Então você encontrará alegria, paz e satisfação reais". Cristo nos diz: "A minha igreja não tem mácula ou ruga. Assim, ao vir a Mim, você precisa querer deixar todos os seus pecados. Você precisa submeter tudo a Mim, morrer integralmente para o ego, a toda ambição ímpia; pela fé, você será sepultado comigo. Mas Eu o levantarei para uma nova vida".

Pense no que significa não ter mácula ou ruga. Sabemos que uma mácula é uma mancha. Mas e a ruga? Você já ouviu a expressão, "uma ruga nova"? Significa acrescentar uma idéia nova a um conceito pré-existente. A ruga, dentro deste sentido, se aplica aos que tentam colocar um melhoramento no evangelho. Sugere um modo fácil de se alcançar o céu, sem total redenção a Cristo.

Esse é o tipo de evangelho que está sendo pregado em várias igrejas atualmente. Os sermãos têm objetivo de apenas atender as necessidades das pessoas. Mas ao ler as palavras de Jesus, vejo que este tipo de pregação não funciona. Não atende à obra genuína do evangelho.

Não entenda mal: não sou contra pregar consolação e força ao povo de Deus. Como pastor do Senhor, sou chamado a fazer exatamente isso. Mas se eu pregar só às necessidades das pessoas, e ignorar o chamado de Cristo para oferecermos nossas vidas, então as necessidades verdadeiras jamais serão atendidas. As palavras de Jesus são claras: as nossas necessidades são preenchidas unicamente se morrermos para nós mesmos, e tomarmos a Sua cruz.

2. A igreja de Jesus é onde os pecadores se arrependem dos pecados, com o coração e a boca.

Jesus declara, "A minha igreja é o local de arrependimento sem acanhamento, aberto". Em verdade, Paulo atesta: "A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido" (Romanos 10:8-11).

Simplificando, somos levados à salvação através de nossa aberta confissão de arrependimento. Jesus afirma: "Não vim chamar justos e sim pecadores [ao arrependimento]" (Mateus 9:13). E diz, o arrependimento é o modo pelo qual somos curados e restaurados: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar os justos, e sim pecadores ao arrependimento" (Lucas 5:31-32).

Amado, essas são as boas novas. Jesus está nos dizendo: "Na minha igreja, todos são curados através do arrependimento. Não importa quem são - os alquebrados fisicamente, os emocionalmente enfermos, os doentes espirituais. Todos têm de vir a Mim do mesmo modo. E todos acham cura através do arrependimento".

Eu lhe pergunto: quantas igrejas ainda abrem os altares para que os feridos no coração venham à frente e se arrependam? Quantos pastores pararam de fazer apelos para essa obra espiritual de tão suma-importância? E quantos crentes perderam todo o senso quanto à necessidade de confessar os pecados?

Então, qual é a mensagem central do evangelho de Cristo? Ele a torna simples por todo Mateus, Marcos, Lucas e João. Nestes quatro evangelhos, nos diz, "Cá está o quê prego em minha igreja. Esta é a minha mensagem a todos os pecadores".

Primeiro de tudo, "Foi Jesus...pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho" (Marcos 1:14-15). Ele pregou arrependimento.

Para alguns cristãos, isso pode soar estranho. Eles podem responder, "Tudo bem, mas será que Jesus pregou arrependimento com intensidade?". Lucas responde isso em seu evangelho. Jesus diz aos Seus ouvintes, "Se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis" (Lucas 13:5).

Bem vindo à igreja da consternação piedosa.

Você pode achar que o evangelho do arrependimento proclamado por Cristo soa depressivo. Mas Paulo vê de outro jeito. O coração arrependido traz vida real: "A tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar" (2 Coríntios 7:10).

O arrependimento estava também no coração do primeiríssimo sermão após a ressurreição de Cristo. Pedro diz às multidões reunidas no Pentecostes, "Jesus, o Nazareno...vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos" (Atos 2:22-23). Quando o povo ouviu isso, caiu sob poderoso convencimento (da parte de Deus- NT). A palavra pregada fulminou os corações, pois o Espírito Santo havia vindo em todo o Seu poder. E segundo Jesus, essa é a específica obra do Espírito. Ele diz que o Espírito Santo "convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8). A multidão foi tocada de tal modo, que não conseguia se mexer. De repente, diante deles estavam os pontos cruciais da vida e da morte. Então gritam para Pedro, perguntando o que deveriam fazer. Ele responde: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados...Salvai-vos desta geração perversa" (Atos 2:38,40).

Esta passagem ilustra o arrependimento no centro da mensagem de Jesus. Se inexistir convencimento na mensagem - se não há verdade quanto ao pecado e à culpa, se inexiste fustigação do coração - então o Espírito Santo simplesmente está ausente. Ele simplesmente não está presente nesta pregação.

Penso em todos os pastores das pregações "sem convencimento do pecado", responsáveis pela alma de milhares e milhares de cristãos. Os membros da igreja ficam imersos no pecado, e suas iniqüidades crucificam Cristo novamente todos os dias. É tremendamente trágico. O que essas pessoas precisam é de uma mensagem vinda de um pastor que não tenha medo de dizer: "Você pecou contra Cristo". Mas ocorre exatamente o contrário. As pessoas são em realidade reafirmadas em seus pecados por pastores condescendentes.

Ezequiel diz o seguinte sobre esses pastores: "Com falsidade entristecestes o coração do justo, não o havendo eu entristecido, e fortalecestes as mãos do perverso para que não se desviasse do seu mau caminho e vivesse" (Ezequiel 13:22). O profeta está dizendo: "Vocês entristeceram o justo com pregação frívola. E fortaleceram o sensual para pecar ainda mais - sem culpa. Vocês lhes deram mentiras sobre a vida eterna. Não! Vocês estão roubando a vida eterna destas pessoas. Vocês transformaram a graça de Deus em lascívia".

Paulo diz que o dia do juízo logo virá. E por essa razão, devemos pregar o evangelho com ainda mais convicção, com o aproximar desse dia. Devemos reprovar e repreender, e fazê-lo com longanimidade e amor. Em verdade, chega o dia quando todo pastor estará diante do Senhor e dará contas de tudo que pregou. Teria ele entristecido o coração do justo? Fortaleceu a mão do perverso? Ou, será que trouxe uma palavra sem medo, convincente, sob unção santa?

O fato é que Pedro não estava interessado em ofender a multidão no Pentecostes. Seu único propósito era mostrar-lhes a verdade. E quando o Espírito Santo revela a verdade, Ele convence. Ele vai ao fundo, e expõe a raiz de todas as áreas do coração.

É triste, mas isso não está acontecendo em muitas igrejas nos dias de hoje. Não só não está presente o Espírito Santo nestas igrejas, como também não é bem-vindo. O nosso ministério recebe inúmeras cartas repetindo o mesmo refrão: "Há uns vizinhos aos quais dei meu testemunho a alguns meses. Ele está se divorciando... ela tem problema de bebida... ele está tendo um caso... Então os levo à igreja, com esperança de que possam ouvir uma palavra sobre sua situação, e a necessidade do Senhor. Mas o meu pastor nunca diz uma palavra sobre pecado. Nunca há uma palavra que traga convencimento, que explique a necessidade do poder purificador e libertador de Jesus. Então meus vizinhos saem da igreja ainda mais confortáveis em seus pecados".

Que tragédia! Como deve ser doloroso a Deus o fato de que mais pessoas são reafirmadas em seus pecados dentro das igrejas do que fora delas.

Outros nos escrevem dizendo: "Vou a uma igreja amistosa com o pecador, mas não agüento mais. Toda semana nos passam uma pesquisa, perguntando se gostamos do culto. Eles querem saber: 'O som estava muito alto? As ilustrações foram muito longas? O sermão foi inteligente?'. Pastor David, vou à igreja em busca de esperança em favor de meus parentes não salvos. Mas em vez disso me pedem para avaliar o entretenimento".

Segundo Jesus, ninguém pode ser liberto do pecado - ninguém é confrontado com a verdade - sem a presença e o poder convincentes do Espírito Santo.

3. A igreja de Jesus é onde se pode ouvir uma mensagem dura e perturbadora.

Imagine essa cena, com Jesus falando aos Seus seguidores: "Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer esse pão viverá eternamente. Estas cousas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga...Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Mas Jesus, sabendo por si mesmo que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os: Isso vos escandaliza?" (João 6:58-61).

Note que Cristo estava falando a crentes aqui. Qual foi o duro discurso ao qual reagiram? Foi: "Vocês precisam comer da minha carne e beber do meu sangue, caso contrário não terão vida em si. A minha carne é o pão, e o meu sangue é a bebida. E a vida eterna vem unicamente consumindo-os".

Agora, o evangelho amistoso com os pecadores diz: "Você não pode pregar uma coisa assim. O pecador nunca vai entender isso. Beber sangue e comer carne? Eles vão pensar que somos bárbaros. Temos de mudar as palavras para torná-las mais palatáveis. Caso contrário, isso vai ofender as pessoas, especialmente os não-crentes".

Na verdadeira igreja de Cristo haverá palavras ofensivas. Sim, nessa igreja você ouvirá uma mensagem de boas novas, um evangelho de amor, misericórdia, graça e longanimidade. Mas na igreja de Cristo há também mensagens que não se ousa falsificar. E estas mensagens incluem a pregação do sangue e da cruz de Cristo.

Jesus viu que as pessoas se chocaram com Suas palavras. Então pergunta a elas, basicamente: "Eu ofendi o seu raciocínio? Vocês ficaram incomodados por lhes dizer a verdade?". E então afirma: "As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida" (Jo. 6:63). Ele deixa claríssimo: "Exatamente isso que os ofende é que traz vida". Como os Seus seguidores responderam? "À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele" (João 6:66).

O quê Jesus está dizendo sobre o Seu evangelho aqui? Em termos simples, Ele está declarando que a mensagem do Seu sangue e da cruz é ofensiva. Contudo é o único evangelho que leva à vida eterna. Mesmo assim, alguns não o aceitarão. "Contudo, há descrentes entre vós" (6:64).

As palavras de Jesus aqui estão sendo sustentadas em muitas igrejas hoje em dia. É incrível, mas algumas igrejas removeram qualquer referência ao sangue de Cristo nos cultos. Os pastores não o mencionam nos sermões. Os hinos sobre o sangue foram removidos da igreja. É tudo considerado muito ofensivo.

Mas Jesus avisa, "Não importa o quanto as minhas palavras possam parecer ofensivas. Vocês não as podem mudar. As minhas palavras produzem vida. E vocês têm de consumi-las como alimento ou bebida, para torná-las a essência de cada fibra do seu ser. Portanto, não devem amaciar o que Eu disse. Se removerem o sangue e a cruz de minha pregação, estarão amputando a única esperança de vida eterna daqueles que a buscam. A mensagem de salvação pelo sangue só pode ser compreendida através do Espírito. Mas ela tem de ser pregada mesmo se for mal compreendida. Então, mantenham a ousadia e preguem o meu evangelho, não importa qual seja a receptividade que terão. É a única Palavra que salva".

Vemos uma cena similar em Mateus. "Chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga... E escandalizavam-se nele" (Mateus 13:54, 57). Mesmo o círculo íntimo de discípulos de Jesus foi a Ele dizendo que Sua mensagem era ofensiva: "Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram?" (15:12). Nessa cena, não foi o povo que foi ofendido, foram os líderes religiosos. Aparentemente, as multidões recebiam o que Jesus dizia. Mas os pastores ficaram horrorizados.

Se pertencemos à igreja de Cristo, vamos ouvir mensagens fortes de convencimento que ofenderão nossa carne.

Se você está na igreja de Jesus, então mensagens duras estarão vindo do Espírito Santo. Por que? Porque o Espírito grita em nós contra tudo que pensamos, dizemos ou fazemos e que seja da carne. Jesus diz: "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias" (Mateus 15:19).

E, o sinal de qualquer verdadeiro seguidor de Jesus é que ele se rende a toda palavra de Cristo. Tal servo ama a repreensão por causa daquilo que ela produz em seu coração. Ele vê a transformação que ela traz, e sabe que é vida para ele.

No fundo, é também por isso que o pecador vai à casa de Deus. Não é só para ser contado como um a mais num grande grupo. É para ser achado por Deus, porque no coração ele sabe que está perdido. Sua alma não descansa, e ele passou muitas longas noites em claro. Ele quer respostas, verdade, mudança real, pois sente que está destinado ao inferno. E não precisa que um crente ou um ministro diga que ele está bem.

É claro que se esse pecador ouvir o evangelho de Cristo, poderá ser ofendido por ele. Pode ficar bravo, e sair batendo os pés. Mas não esquecerá o que ouviu. E o Espírito Santo usará isso para lhe revelar a verdade.

Todos nós aprendemos que Cristo é a pedra fundamental da Sua igreja. Paulo diz que essa pedra é uma rocha de escândalo: "Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço, e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido" (Romanos 9:33). Pedro também chama Jesus de rocha de ofensa: "...pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes" (I Pedro 2:7-8).

Pedro poderia lhe dizer por experiência própria o que acontece quando se tenta abolir a mensagem da cruz. Ele se ofendeu quando Jesus previu Sua morte aos discípulos. Então, "Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá" (Mateus 16:22).

Mas Jesus lhe responde com palavras agudas: "Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das cousas de Deus e sim das dos homens" (16:23).

Cá está um exemplo claro de como Satanás pode induzir ao erro até mesmo um pastor piedoso que ame a Cristo. E se pode apostar que Pedro nunca esqueceu as palavras do Mestre. Igualmente hoje, todo ministro e todo crente deve guardar a advertência de Cristo: "A minha cruz e o meu sangue podem te ofender. Mas se você tem vergonha da minha mensagem, ou se tentar amaciá-la, então você é uma ofensa a mim. Você não representa a minha Palavra ou a minha igreja".

4. Como você acha que Jesus começaria uma igreja em sua cidade?

A primeira coisa que Cristo faria seria ir chorando por toda a cidade. As escrituras dizem, "Quando ia chegando, vendo a cidade (Jerusalém), chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos" (Lucas 19:41-41).

O quê fez Jesus chorar? Começou com uma caminhada que fez pela cidade, e que lhe partiu o coração. Ele foi batido pela dor que sentiu vendo os assim chamados religiosos não tendo paz. Eram pessoas que rejeitaram a verdade em favor de fábulas. E agora seguiam uma forma morta de religião. Eram ovelhas sem pastores reais.

Ora, não estou aqui para julgar pastor algum. Mas quero perguntar a todos que estão lendo essa mensagem: você consegue imaginar o seu pastor dirigindo o carro em meio à sua cidade e chorar por ela? Como é diferente a imagem que Jesus nos dá, em relação a tantos projetistas e planejadores construindo igrejas atualmente. Eles vão de porta em porta, pesquisando as pessoas, perguntando o quê querem numa igreja: "Quanto tempo deve durar o sermão em tua opinião? Quinze minutos? Dez?".

Jesus testemunhou um esquema assim em Seus dias. Ao caminhar pelo templo, viu mesas de cambistas, ministros que mercantilizavam as coisas de Deus. Não havia oração real, não havia temor do Senhor. E Cristo chorou por tudo isso, clamando: "Está escrito: A minha casa será casa de oração. Mas vós a transformastes em covil de salteadores" (Lucas 19:46).

Eu lhe pergunto: Jesus iria chorar pelo que vê em sua igreja hoje? Ele iria encontrar o seu pastor se angustiando pelas almas perdidas? Ou o encontraria lucrando com coisas que são santas aos olhos de Deus? Cristo iria encontrar o Seu povo orando? Ou os veria ocupados em negociações e programas, se concentrando nos próprios interesses?

Uma vez concluído o andar choroso pela cidade, será que Ele iria elogiar o Seu povo? Ou iria trazer essa advertência: "Vocês estão cegos aos tempos. O juízo está às portas, mas vocês mais do que nunca se assemelham ao mundo. Por que não estão orando, Me buscando para terem força e sabedoria para remir o tempo?".

Queira Deus que nós nunca amaciemos o Seu evangelho. Se você tem um pastor que prega o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, eu insisto consigo: encoraje-o. E ore por ele. Agradeça ao Senhor porque o pastor que lhe foi designado não conta com pregadores personalistas para trazer multidões.

E seja grato por ser permitida a presença do Espírito Santo operar Sua obra real no seu meio. Quando o evangelho de Jesus Cristo é pregado com convencimento, os céus se abrem e os demônios fogem.

David Wilkerson

"Trate Seriamente com o Pecado" - A. W. Tozer


O pecado tem sido disfarçado nestes dias, aparecendo com novos nomes e caras. Você pode estar sendo exposto a esse fenômeno na escola. O pecado é chamado por diversos nomes enfeitados - qualquer nome, menos pelo que ele realmente é. Por exemplo, os homens já não ficam mais sob convicção de pecados; eles têm um complexo de culpa. Em lugar de confessar suas culpas a Deus, para se livrarem delas, deitam-se num divã e tentam relatar o que sentem a um homem que deve conhecer melhor tudo sobre eles. Após algum tempo, a resposta dada é que eles foram profundamente desapontados quando tinham dois anos, ou alguma coisa semelhante. Supõe-se que isso os fará sentirem-se melhor.

Tudo isso é ridículo, porque o pecado é ainda o mesmo antigo inimigo da alma. Ele nunca foi alterado. Precisamos tratar firmemente com o pecado em nossa vida. Lembremo-nos sempre disso. "O reino de Deus não é comida nem bebida", disse o apóstolo Paulo, "mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). A justiça repousa à porta do reino de Deus. "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18. 4, 20).

Não estou pregando a perfeição sem pecado. Antes, quero dizer que todo pecado conhecido deve ser nomeado, identificado e repudiado, e que devemos confiar em Deus para nos libertar dele, para que não exista qualquer pecado consciente, deliberado em qualquer parte de nossa vida. E absolutamente necessário que façamos isso, porque Deus é um Deus santo, e o pecado está no trono do mundo.

Portanto, não chame seus pecados por algum outro nome. Se você é invejoso, chame-o de inveja. Se você tem a tendência à autocomiseração e a sentir que não é apre-ciado, mas é como uma flor que nasce para morrer despercebida, a desgastar sua doçura no ar do deserto, chame esse pecado pelo que ele é: autopiedade.

Também há o ressentimento. Se você está ressentido, admita-o. Tenho conhecido pessoas que vivem num estado de indignação furiosa a maior parte do tempo. Conheço um pregador que age como uma galinha lançada fora do ninho: ele fica correndo em todas as direções queixando-se e murmurando - alguém está sempre o fazendo errar. Ora, caso você tenha esse mesmo "espírito", tem de tratar com ele imediatamente. Você precisa livrar-se disso. O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado. Em lugar de tentar disfarçar o pecado ou procurar uma tradução grega opcional em algum lugar sob a qual ocultá-lo, chame-o por seu nome correto e livre-se dele pela graça de Deus.
Há também o mau humor. Não o cha¬me de indignação. Não tente chamá-lo de algum outro nome. Chame-o pelo que ele é. Porque, se você tem mau humor, ou você se desfaz dele ou ele desfará muito de sua espiritualidade e alegria.

Por conseguinte, tratemos do pecado com seriedade. Sejamos perfeitamente cândidos. Deus ama pessoas cândidas.
A. W. Tozer

03 junho 2012

"Um Coração Puro" - Steve Lawson (Pregação completa!)

"Nesta pregação, Steve Lawson nos fala sobre o significado e a importância da pureza na vida do cristão, focando nas palavras de Jesus ditas no Sermão do Monte – e usando, como exemplo, a vida de Jonathan Edwards. Lawson enfatiza que a santidade é uma questão do coração (e não apenas da nossa conduta exterior) e que, por isso mesmo, nós precisamos examinar a nós mesmos constantemente."

29 maio 2012

"Conhecer a Deus" - Jorge Himitian (Trechos extraídos do Livro: "Conhecendo a Deus de Jorge Himitian)


Como Podemos Conhecer a Deus Plenamente:

Na criação podemos conhecer a Deus parcialmente. Olhamos as estrelas, a natureza, os animais e tudo mias e podemos dizer que há um Deus. “Os céus manifestam a glória de Deus”, mas não o seu caráter, sua santidade, sua graça, sua vontade, etc. Portanto não podemos conhecer a Deus plenamente nela.


O Caráter de Deus pode ser conhecido parcialmente por sua P
alavra. Através das Escrituras discernimos seu caráter, poder, santidade, etc. Mas não podemos experimentar.

Mas é no Filho que temos a revelação total e plena de Deus.
“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” Hb2:9.

Deus tem três faces : Pai , Filho , Espírito Santo. Nós conhecemos a face do Filho.

2Co 4:6
“Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”

Hb 1:3
“Sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”

Cl 1:15
“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”

Só podemos conhecer plenamente a Deus, conhecendo plenamente o Filho de Deus.

O Verbo eternamente pré-existente com o Pai se tornou existente no tempo e espaço para que Deus se tornasse conhecido.

O Verbo foi manifestado em carne. Aquele que era Deus, foi gerado como homem pelo Espírito do Altíssimo no ventre de uma mulher e se tornou o Filho de Deus. Se fez semelhante aos homens, para que estes pudessem conhecer a Deus


Como Podemos Conhecer Plenamente o Filho de Deus:

Como podemos conhecer o Verbo encarnado se não estivemos lá em Belém? Mas muitas pessoas que estiverem com Jesus pessoalmente não o conheceram, pois Ele não pode ser conhecido externamente.


Ef 5:31-32

“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja.”

Da mesma forma que marido e mulher, Cristo se uniu a Igreja. Através da nossa união com Cristo podemos experimentá-lo por ter um relacionamento intenso com Ele.

Jo 15:26-27
“Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim; e também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.”

Uma testemunha é alguém que revela um fato. E este texto nos mostra que temos dois testemunhos para nos revelar Jesus, o Filho de Deus.

O Testemunho do Espírito:
A obra do Espírito é exatamente esta: REVELAR O FILHO, glorificar o filho. A comunhão do Espírito Santo com o nosso espírito nos revela o Senhor. Esta é a sua missão, Ele se agrada em fazer isso. O Espírito hoje está dentro de nós! Ele nos faz experimentar a Cristo interiormente, no espírito!

O Testemunho dos Apóstolos:
Foram as pessoas que viveram com Ele, viram o que Ele fez, ouviram Suas palavras, Sua voz, comeram juntos, dormiram juntos.
Mesmo tendo presenciado tudo e observado tudo, foi necessária a operação do Espírito, para que a obra observada por eles em Jesus fosse experimentada.

Jo 16:13-15
“Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo anunciará.”

O que Jesus está dizendo aqui é que o conhecimento de observação não é suficiente. É necessária a experiência com o Espírito para que Ele revele Jesus.

Para experimentar Jesus precisamos do Testemunho dos Apóstolos e do Testemunho do Espírito!


O Testemunho de Paulo:

Fp 3:7-10
“Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;“Para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte”


“O que para mim era lucro”
Isto é diferente de pecado. Paulo aqui não está falando de deixar o pecado. Ele fala de coisas que para ele eram lucro, coisas boas da vida. (conhecimento intelectual, posição social, imagem pública, passeios, descanso, dinheiro, etc) . Considere perda.


Na verdade ele diz: “tenho por perda TODAS as coisas”


A palavra aqui traduzida como refugo, é esterco. A coisa mais preciosa da vida perto de Cristo é esterco!


Paulo era apaixonado por Cristo!!!


• Para conhecer a Cristo (E ser como Ele)
• E o poder da Sua ressurreição
• E a comunhão dos Seus sofrimentos


“A maior parte dos crentes passa a maior parte do tempo assistindo TV”. Não temos tempo para Cristo. Isso significa que as outras coisas são mais importantes.
Isto uma questão de PRIORIDADE.
 


A FRAQUEZA DE NOSSOS MINISTÉRIOS, FAMÍLIAS, DISCÍPULOS, CONGREGAÇÕES É PORQUE ESTAMOS COM PRIORIDADES EQUIVOCADAS.


Sl 1:1-3
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.”


Geralmente temos as características daquele que admiramos (Ex.: os jovens e seus ídolos). Um discípulo aprende mais quando mais admira seu mestre.


Deus nos deu o Varão Perfeito, que é Jesus Cristo, seu Filho.
Para admirá-lo precisamos conhecê-lo, para conhecê-lo precisamos passar tempo com Ele!


2 Co 3:18
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”


Quando contemplamos, começamos a ser transformados, de gloria em gloria, na mesma imagem do Senhor.


Contemplar é diferente de olhar. Quando contemplamos uma paisagem observamos muito mais detalhes do que quando apenas olhamos para ela.


Contemplar é olhar atentamente, observar os detalhes, inspecionar tudo, admirar, desejar ser como Ele! 

J.C. Ryle – "Santidade: Santificação Prática e Encontros"


Quanto mais envelheço, mais me convenço de que a verdadeira prática da santidade não recebe a atenção que merece e que, lamentavelmente, existe um padrão de vida cristã muito baixo entre muitos mestres ilustres da religião em nosso país. Ao mesmo tempo, estou cada vez mais convencido de que o esforço zeloso de algumas pessoas bem-intencionadas em promover padrões mais elevados de vida espiritual não é feito “com entendimento” e provavelmente causa mais dano do que benefício. Deixe-me explicar o que quero dizer.

É fácil reunir multidões para os chamados encontros de “vida elevada” ou “consagração”. Qualquer um que tenha observado a natureza humana, tenha lido as descrições dos acampamentos americanos e estudado o curioso fenômeno das “afeições religiosas” sabe disso. Discursos sensacionais e empolgantes de pregadores estranhos ou de mulheres, música alta, salões quentes, barracas lotadas, rostos com a expressão de fortes sentimentos semi-religiosos durante vários dias, dormir tarde da noite, reuniões demoradas, confissão pública de experiências — todas essas coisas juntas são bem interessantes e parecem benéficas. Mas será que esse benefício é real, tem raízes profundas, é sólido e duradouro? Essa é a questão, e gostaria de fazer algumas perguntas em relação a isso.
Aqueles que freqüentam esses encontros transformam-se em pessoas mais santas, mais humildes, mais altruístas, mais bondosas, mais calmas, mais abnegadas e mais semelhantes a Cristo em seus lares? Tornam-se mais contentes com a sua própria posição econômica e ficam mais livres dos desejos impacientes de obter coisas diferentes daquelas que Deus lhes tem dado? Seus pais, mães, maridos, parentes e amigos percebem que eles estão se tornando mais agradáveis e mais fáceis de lidar? Essas pessoas conseguem desfrutar de um domingo tranqüilo e dos meios tranqüilos da graça, sem barulho, emoções intensas ou agitação? E, acima de tudo, estão crescendo no amor, especialmente no amor para com aqueles que não concordam com eles em cada pormenor de sua religião?

Estas são perguntas sérias e perscrutadoras e merecem ser consideradas com seriedade. Espero estar tão ansioso para promover a santidade prática quanto qualquer outro neste país. Admiro e reconheço, de boa vontade, o zelo e a seriedade de muitos, com os quais não posso cooperar, que estão tentando promover a santidade. Mas não posso negar minha crescente suspeita de que esses grandes “movimentos de massa” do momento, apesar do objetivo aparente de promover a vida espiritual, não tendem a promover a religião em casa, a leitura pessoal da Bíblia, a oração pessoal, a aplicação particular da Bíblia e um caminhar pessoal e diário com Deus. Se eles possuem algum valor real, deveriam levar as pessoas a serem melhores maridos e esposas, melhores pais e mães, melhores filhos e filhas, melhores irmãos e irmãs, melhores patrões e patroas e melhores empregados. Entretanto, gostaria de provas evidentes de que eles têm feito isso. Só sei que é bem mais fácil ser cristão em um recinto bíblico em meio às canções, às orações e a outros cristãos simpáticos, do que ser um cristão consistente em um lar sem harmonia, sem diálogo, afastado da cidade e longe de recursos. No primeiro caso, temos as disposições naturais a nosso favor, no segundo, não podemos ser crentes comprometidos sem a graça de Deus. Infelizmente, muitos dos que hoje em dia falam sobre “consagração” parecem ignorar os princípios elementares dos oráculos de Deus sobre a “conversão”.

Encerro este prefácio com o triste sentimento de que muitos daqueles que o lerem, provavelmente, não concordarão comigo. Compreendo que os grandes ajuntamentos do chamado movimento de “vida espiritual” são muito atraentes, especialmente para os jovens. Estes, naturalmente gostam de fervor, agitação e entusiasmo; eles perguntam: “Que mal há nisso?” É preciso aceitar que existem opiniões diferentes. Quando eu era jovem como eles, talvez pensasse da mesma maneira. Quando eles forem velhos como eu, é provável que concordem comigo. Concluo dizendo a cada um de meus leitores: exercitemos o amor ao julgarmos uns aos outros. Em relação àqueles que pensam que a santidade deve ser promovida a partir do chamado movimento “de vida espiritual” moderno, não tenho outro sentimento, senão amor. Se eles trouxerem algum benefício ficarei grato. Em relação a mim mesmo e àqueles que concordam comigo, peço-lhes que retribuam os opositores com amor. O último dia nos dirá quem está certo e quem está errado. Por enquanto, estou bem certo de que demonstrar amargura e frieza em relação àqueles que, por motivo de consciência, recusam-se a trabalhar conosco é provar que somos ignorantes na questão da santidade verdadeira.
J. C. Ryle

15 maio 2012

"18 DESCRIÇÕES DE JESUS EM APOCALIPSE 1" - Mike Bickle


1 e 2 – Alfa e Ômega: v.8

Ele é Divindade com integridade (inteireza) absoluta na sabedoria e no amor. O alfabeto grego inicia-se com a letra “alfa” e termina com a letra “ômega”. A frase Alfa e Ômega significa a primeira e a última letra, incluindo todas as outras letras no meio, que indica inteireza. Este título revela Jesus como o Senhor soberano sobre tudo que acontece no curso inteiro da história. Jesus estabeleceu um plano eterno para nós, sem nada a faltar.

3 – Voz como trombeta: v.10

Ele é a testemunha que avisa fielmente as pessoas sobre a vinda de juízo. Ele é a Testemunha Fiel e Verdadeira, nos dizendo a toda a verdade (Ap 1:5; 3:14).

4 – Anda no meio dos sete candeeiros de ouro: v.13

Ele anda no meio dos candeeiros (Igreja; Ap 1:20), pois se envolve profundamente conosco. Ele anda junto a nós, e está sempre ciente das nossas necessidades, fragilidades e pressões.

5 – Filho do Homem: v.13

O Deus-Homem que governará todas as nações da terra como o Rei dos reis, conforme prometido a Davi em 2 Samuel 7 e visto em Daniel 7:13-14.

(Dn 7:13-14) 13 … eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias… 14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.

6 – Vestido de uma veste talar: v.13

Ao usar a vestimenta de um sumo sacerdote, Jesus se mostra como o Sumo Sacerdote, que se compadece por nós e que é favorável a nós, e que nos preparou um caminho para vivermos na presença de Deus.

(Hb10:19-22) 19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos…

(Hb 4:14-16) 14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote… 15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.

7 – Cingido à altura do peito com cinto de ouro: v.13

Ele possui o peitoral de um sumo sacerdote Judeu, sendo o nosso mediador eterno e definitivo. O Ouro fala de pureza e intimidade  (Ex 25:7; Lv 16:4).

8 – Cabeça e cabelos brancos como a lã, e brancos como a neve: v.14

Deus Pai, O Ancião de Dias, possui cabelos brancos (Dn 7:9). Significa a preexistência eterna de Jesus, com pura e perfeita sabedoria e dignidade (Lv 19:32; Pv 16:31).

(Dn 7:9) 9 … o Ancião de Dias se assentou… os cabelos da cabeça, como a pura lã…

9 – Olhos como chama de fogo: v.14

O olhar de Jesus busca e penetra todas as coisas, semelhantemente ao fogo que penetra o metal. Ele é Deus, com olhos como de fogo que transfere o amor santo e remove tudo aquilo que resiste a este amor. Ele possui olhos de amor e zelo por Seu povo, como um Noivo. (Ap 2:18-23)

10 – Pés semelhantes a latão reluzente (bronze): v.15

Ele julga o pecado. O Seus pés são semelhantes a latão reluzente, que julgam todos os Seus inimigos. como um poderoso guerreiro. Jesus está comprometido em pisar vitoriosamente sobre Jezabel. Ele colocará todos os Seus inimigos debaixo de Seus pés (Sl 110).

11 – Voz como uma voz de muitas águas: v.15

Ele possui uma voz poderosa, como em Genesis 1, e que comanda os exércitos do Céu e da Terra.
(Joel 2:11) O SENHOR levanta a voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial…

12 – As sete estrelas na sua mão direita: v.16

Jesus segura na sua mão as nossas vidas, com a promessa de dar-nos unção, direção e proteção. Ele demonstra ternura para conosco, mesmo quando nos sentimos inadequados ou quando falharmos. Jesus segura Seus líderes na Sua mão, enquanto nos ajuda a realizar o que Ele nos ordenou.

13 – Aguda espada de dois gumes que sai de Sua boca: v.16

Ele libera o poder do Espírito Santo e Seus juízos. Com zelo, Ele peleja por nós com a espada de Sua boca, contra todo aquele que nos opõe. O fôlego de Sua boca é outra forma de expressar o poder de Suas palavras.

(Ef 6:17) … a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.

(Ap 19:15) 15 Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro…

14 – Rosto como sol: v.16

Ele traz fascinação à Sua Igreja capturando sua atenção, e o Seu rosto é uma arma contra os Seus inimigos, uma vez que é impossível olhar diretamente ao sol. Ele é a Estrela da Manhã, que nos enche de brilho.

(2 Ts 2:8) e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda

15 e 16 – Jesus é o Primeiro e o Último: v.17

Remete a Sua humanidade. Ele é o primeiro ressurreto dentre os mortos (1 Co 15:20) e o primeiro em autoridade (Cl 1:15, 18; Ap 5:12). Este é a descrição de Jesus mais utilizada em Apocalipse (Ap 1:11, 17; 2:8; 22:13). Ele fez esta citação no contexto de Sua morte e ressurreição, e chama-nos a resistir o medo, mesmo diante de martírio.

(Ap 2:8-10) 8 Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver… 10 Não temas as coisas que tens de sofrer… Sê fiel até à morte…

(Cl 1:5, 8) 5 … o primogênito de toda a criação… 18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia

17 – Aquele que vive: v.18

Ele entende a nossa humanidade e o nosso sofrimento, possui poder sobre a morte e conhece o caminho da vitória. Ele voltou à vida. Ele tem poder sobre a morte e dá a vida eterna. Ele “foi morto, mas agora vive” depois que experimentou o sofrimento de uma morte cruel. Nossa visão da morte é diferente da dEle, porque Ele está enraizado na eternidade.

18 – Chaves do Reino: v.18

Ele possui a autoridade sobre o Inferno e a Morte, e a chave de Davi para implantar e estabelecer o Reino. Ele possui a chave de Davi para abrir e fechar todas as portas necessárias.