17 maio 2011

"Preparando-se Para a Volta de Cristo" I - Por David Wilkerson

"É triste, mas a geração atual sabe menos sobre a volta de Cristo que qualquer outra geração passada. A vinda de Jesus raramente é pregada nas igrejas de todos os lugares. Em verdade, multidões de pessoas que chamam a si próprias de cristãs não querem ouvir deste assunto. Por que?

A vida está boa para a maioria das pessoas, incluindo os cristãos, e o interesse está em saber como fazer para que as coisas boas continuem assim. Como a mulher de Ló, muitos estão possuídos por suas posses. Ficaram viciados nas coisas deste mundo - e em suas cabeças a vinda de Jesus seria um tipo de ruptura.

Já ouvi freqüentadores de igreja zombando da possibilidade da volta de Jesus “a qualquer momento”. Escarnecem da idéia de Ele poder vir em breve. Na verdade há uma doutrina que declara que o nosso Senhor não voltará nos próximos milhares de anos. A idéia é a de que à igreja será concedido todo este tempo para evangelizar o mundo e estabelecer uma nova ordem, antes que Cristo volte para reinar como rei.

O apóstolo Pedro se direciona a estas coisas dizendo, “Nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as cousas permanecem como desde o princípio da criação” (2 Pedro 3:3-4).

Pedro traz uma palavra aguda a todos os que deliberadamente se mostram ignorantes: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (3:10).

Além disso, Pedro nos diz que há um motivo pelo qual Jesus ainda não retornou. Ele registra, “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo... não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (3:9). O nosso Senhor tem abundância de paciência com os ímpios.

Pessoalmente, me surpreendo com a paciência que Deus tem conosco nessa geração. A decadência moral desenfreada se torna dolorosa até mesmo para os observadores seculares. Mesmo tentando deixar a consciência limpa, a mente fica saturada com notícias das coisas ruins acontecendo todo dia. Algumas são tão vis quanto incompreensíveis: assassinatos nas escolas, estupros, abuso infantil, homossexualismo militante, atrocidades que não se consegue comentar.

Muitas vezes os nossos corações clamam, “Senhor, quando se fará justiça? Quando irás levar os malfeitores à condenação?”. Nos perguntamos porque Deus espera tanto tempo para tratar com a impiedade indescritível tão desenfreada de hoje. E visualizamos a cena quando os malfeitores finalmente se ajoelharão diante do Senhor, confrontando-se com a Sua santidade.

Mas Pedro diz que Jesus não está se concentrando em julgar nesse momento nem mesmo maior dos pecadores. Antes, o nosso Senhor está preocupado com a misericórdia. Ele é longânimo com o pior dos malfeitores. E está aguardando para mostrar misericórdia a todo pecador que não expressa arrependimento, desejando-o e buscando-o.

“Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. Por essa razão, pois, amados, esperando estas cousas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” (3:11-14 – itálicos meus).

Podemos passar os nossos dias preocupados com os sinais dos tempos, no Oriente Médio ou em algum outro lugar. Mas Deus diz, “Olhe para dentro do teu próprio coração. Assegure-se de estar sendo diligente em guardar a Minha palavra”. Paulo acrescenta, “Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12). Ele então adverte a não julgarmos o próximo, e a termos cuidado para não nos tornarmos pedra de tropeço a um irmão, levando-o a cair.

Podemos ter certeza de que Deus julgará os ímpios. Não há o que discutir quanto ao acerto de contas. Quando chegar essa hora, todos os zombadores, os que odeiam Deus, os ímpios - serão chamados a prestar contas. Os livros serão abertos, e todo ato vil será manifesto, revelando tudo que tais malfeitores cometeram contra a autoridade de Deus. Os seus atos serão julgados com severidade, e tais corruptos serão lançados da presença de Deus eternamente.

Jesus assegurou aos discípulos, “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” (Lucas 18:7). Ele estava dizendo, “Sim, Deus um dia vai tratar com os que zombaram, perseguiram, aprisionaram e mataram os Seu povo. O choro da igreja perseguida foi ouvido. E Ele os vingará rapidamente”. Mas, então Jesus diz exatamente no verso seguinte, “Contudo, quando vier o Filho do homem, achará, porventura, fé na terra?” (18:8).

A pergunta de Cristo ao fim dessa passagem revela a maior preocupação dEle. Está dizendo, “Quando Eu retornar, estarei buscando um povo que acreditou em Minha promessa de voltar para eles. A pergunta é, será que tais pessoas estarão prontas e esperando por Mim? Estarão livres deste mundo, desejando ardentemente que Eu os leve ao lar como Minha noiva? Estarão imaculados, ou manchados pelo espírito do século? Será que chegarei para achá-los gritando, ‘Venha, Senhor Jesus?’”."

David Wilkerson

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